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Simplificação de impostos é apontada como elemento básico da Reforma Tributária

Em Reunião do COSEC, economista Paulo Rabello de Castro defende transição rápida e com tributação mais simples. O presidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf, abriu o encontro na manhã desta segunda-feira (12/8).

Alex de Souza, Agência Indusnet Fiesp

“A Reforma Tributária é uma de nossas prioridades”, afirmou o presidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf, na abertura da reunião do Conselho Superior de Economia (Cosec) da Fiesp, realizada em São Paulo. “Com a Reforma da Previdência bem encaminhada, o momento é de discutir a Reforma Tributária, de ouvir as propostas e buscar a convergência de ideias, para então decidir qual o melhor caminho para a indústria e para o Brasil”, completou, antes de passar a palavra ao convidado, o economista Paulo Rabello de Castro, do Instituto Atlântico, que analisou duas das propostas que estão na pauta, em Brasília.

“Não basta realizar a reforma sem que o governo gaste menos do que arrecada, pois desse modo não há receita que dê conta. Mais do que isso, não pode ser uma transição lenta. Uma vez que todos estejam de acordo, deve vigorar o mais rápido possível”, afirmou.

O economista também considera a reforma como elemento vital para destravar a economia, pois deverá trazer ambiente mais favorável aos negócios, desde que ofereça método mais simples de tributação. “Temos juros baixos neste momento, mas a perspectiva de crescimento é baixa. Mas com ajustes nas áreas fiscal e tributária haverá geração de empregos e cenário favorável ao crescimento econômico”, afirmou.

Ele lembrou ainda a necessidade de se construir uma proposta ampla e convergente, que não anule a competição nem aumente a carga tributária. “A reforma não pode incidir sobre os mais pobres, deve ser transparente e não distributiva, e nem pode fomentar a guerra fiscal entre os municípios”, concluiu.

A reforma deverá destravar o investimento e criar condições favoráveis para a retomada do crescimento econômico, de acordo com o economista Paulo Rabello de Castro. Foto: Karim Kahn/Fiesp