Ministro do Planejamento argentino vem à Fiesp em busca de investimentos em infraestrutura
Julio De Vido se reuniu com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e outros empresários brasileiros para discutir oportunidades de investimento em ao menos 15 obras de infraestrutura
Alice Assunção, Agência Indusnet Fiesp
O ministro do Planejamento e Investimento Público da Argentina, Julio De Vido, acompanhado do secretário de Obras Públicas daquele país, José Francisco López, se reuniu nesta quinta-feira (19/12) com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, para apresentar 15 obras de infraestrutura pretendidas pela Argentina e as oportunidades para empresas brasileiras investirem nesses projetos. Na ocasião, os representantes do país vizinho apresentaram as características de cada projeto da obra para um grupo de empresários brasileiros.
Segundo o diretor-titular-adjunto do Departamento e Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da Fiesp, Thomaz Zanotto, a reunião com Skaf foi “foi bastante positiva”. “Foram discutidos esses novos projetos de infraestrutura, formas de financiamento, pagamentos e questões econômicas gerais”.

Reunião com os argentinos na manhã desta quinta-feira (19/12) na Fiesp. Foto: Helcio Nagamine/Fiesp
Segundo o ministro De Vido, a Argentina pretende alavancar 15 projetos de infraestrutura que devem facilitar a integração com a América do Sul, especialmente o Brasil. Ele informou que as obras, que incluem 11 projetos de hidrelétricas, três obras hídricas e uma iniciativa voltada para o setor de comunicação, devem demandar investimentos totais de US$ 19,6 bilhões.
Para De Vido, é importante “entender que estamos em uma etapa de diálogo e fundamentalmente encarar os problemas que temos pendentes para acelerar o processo de expansão das nossas economias”.

De Vido: ações para acelerar o processo de expansão das economias. Foto: Helcio Nagamine/Fiesp
Segundo Zanotto, “as grandes construtoras brasileiras estão todas aqui. Elas naturalmente têm interesse nessas obras, é um pacote impressionante para qualquer construtora”.
Do lado argentino, o ministro De Vido afirmou que pretende enviar pequenos grupos às empresas brasileiras interessadas em serem parceiras da Argentina para apresentar os projetos e esclarecer dúvidas.
Cooperação
O embaixador Rubens Barbosa, presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior (Coscex) da Fiesp, colocou a federação à disposição para “ajudar nesse esforço, que é muito importante para a Argentina voltar a ser autossuficiente”.
Segundo o secretário de Obras Públicas da Argentina, José Francisco López, 66% da geração de energia na Argentina é proveniente de usinas térmicas, 2% é importada e 31% vem de hidrelétricas. “Nosso plano para o próximos 12 anos é conter o crescimento de térmicas e promover o crescimento da geração nuclear e hidrelétrica”.