Fiesp debate manufatura avançada e digitalização de indústrias
Fapesp e Siemens participam de reunião do Conselho Superior de Inovação e Competitividade da entidade
Patrícia Ribeiro, Agência Indusnet Fiesp
Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da Fapesp, falou nesta sexta-feira (9 de junho) em reunião do Conselho Superior de Inovação e Competitividade da Fiesp (Conic) sobre a criação de um Centro de Pesquisa em Engenharia em Manufatura Avançada.
Segundo Pacheco, a Fapesp tem o objetivo de promover o avanço tecnológico em São Paulo para que o Estado possa se tornar cada vez mais competitivo. “Queremos criar o centro para fortalecer ainda mais a inovação. Precisamos de empresas que consigam competir”, enfatizou.
“Ninguém inova só pela necessidade. É a emergência do mercado que faz as empresas se mobilizarem para a inovação”, afirmou José Borges Frias Junior, head of strategy, Market Intelligence & Business Excellence – Digital Factory and Process Industries and Drives- Siemens, em sua apresentação.
“De que forma a tecnologia pode te ajudar a chegar mais próximo dos resultados?”, questionou Borges. Segundo ele, é preciso mudar os modelos negócios e entender qual o potencial que as tecnologias têm para trazer ao mercado.
Pensando no processo, ele apresentou a seguinte linha de pensamento: eficiência; flexibilidade; qualidade e tempo de mercado. “Este é o percurso que a digitalização promove de forma positiva nas empresas.”
Ele também explicou os ciclos quando uma empresa inova por meio da digitalização. São eles: produto, planejamento de produção, engenharia de produção, evolução da produção e serviços. “Com a programação deste ciclo fechado de manufatura, é possível saber previamente e de forma organizada tecnologicamente quanto tempo leva a produção e entrega de um projeto/produto customizado.”
Na apresentação, Borges mostrou que é possível, com a digitalização, ter em uma mesma linha de produção, vários modelos e marcas de carros fabricados.
Ao final, ele alertou que não existe uma receita igual para todos. “Não adianta fazer um processo de digitalização sem ter o plano diretor, o horizonte a seguir e um nível de maturidade.”
Roberto Aloísio Paranhos do Rio Branco, vice-presidente do Conic, destacou os temas de interesse do conselho e também abordou os eventos programados para este ano, entre eles o “Bioeconomia Steering Committee”.
Também participaram da reunião o conselheiro do Conic e do Conjur, Paulo Roberto Barreto Bornhausen; o vice-presidente do Conic, Antonio Carlos Teixeira Álvares; a conselheira do Conic Andrea Matarazzo e o vice-presidente do Ciesp, José Eduardo Camargo.