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Estrutura do Departamento de Defesa, do Ministério das Relações Exteriores, e os principais desafios da cadeia produtiva são debatidos na Fiesp

Encontro on-line contou com a participação do ministro Marcelo Paz Saraiva Câmara, diretor de Departamento de Defesa do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e demais autoridades

Mariana Soares, Agência Indusnet Fiesp

A primeira reunião plenária do ano conjunta do Departamento de Defesa e Segurança (Deseg) e do Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa (Simde) foi realizada na última segunda-feira (1º/3). O encontro on-line contou com a participação do ministro Marcelo Paz Saraiva Câmara, diretor de Departamento de Defesa do Ministério das Relações Exteriores (MRE), do estrategista em Comércio Exterior e sócio do Barral Parente Pinheiro Advogados, Welber Barral, e do diretor-executivo da Prospectare Brasil, o coronel Rogério Gomes da Costa.

O diretor do Deseg, Carlos Erane de Aguiar, que também preside o Simde, abriu a reunião on-line reforçando a importância dos negócios envolvendo a indústria brasileira de Defesa. “O comércio exterior dos produtos de defesa movimenta por ano cerca de US$ 400 bilhões. As vendas dos produtos brasileiros do setor representam o aumento das nossas divisas econômicas”, completou.

Durante a apresentação do ministro Marcelo Paz Saraiva Câmara, a autoridade apresentou a organização estrutural do Itamaraty [Ministério de Relações Exteriores] na área de Defesa e listou algumas das funções da entidade. Entre elas, a de traçar estratégias de promoção comercial dos produtos da área de Defesa, com a intenção de facilitar os negócios, a coordenação das visitas das autoridades do setor, além da identificação de potenciais polos comerciais no mundo.

“Nós enxergamos como fundamental a interlocução entre governo e iniciativa privada para impulsionar a produção e alavancar o setor de Defesa. Nosso trabalho envolve o objetivo maior que é o de alavancar a imagem da indústria nacional, por meio da celebração de acordos, atuando desde a abertura até a preservação dos canais de contato. Isso tudo para promover a imagem da nossa indústria como robusta, moderna e pujante”, ressaltou o ministro.

Welber Barral foi enfático ao falar sobre uma das principais dificuldades de financiamento do comércio no setor de Defesa. “Temos um mercado financeiro que não compreende a imprevisibilidade das demandas do nosso segmento, o que acaba afetando a análise de crédito. Também convivemos com regras complexas de compliance. Parte importante do nosso trabalho e empenho precisa ser para construir e implantar mecanismos que permitam a garantia do financiamento pelos bancos ao setor produtivo”, reforçou.

CONFERÊNCIA – O coronel Rogério Gomes da Costa convidou os participantes deste encontro para a Conferência de Simulação e Tecnologia Militar (CSTM), que acontecerá entre os dias 15 e 17 de junho deste ano, em Brasília. O evento apresenta, na capital do Brasil, o que há de melhor e mais avançado na tecnologia militar. O evento seguirá as recomendações das autoridades de saúde, estabelecendo protocolos específicos para a prevenção da Covid-19.

Fotos: Karim Kahn/Fiesp