Concrete Show 2010 bate recorde e traz mais de 400 empresas da indústria da construção
Organizadores esperam mais de 20 mil visitantes durante os três dias do evento
Agência Indusnet Fiesp,
Os próximos anos serão decisivos para a indústria da construção consolidar a área como um dos principais vetores da economia brasileira. Atualmente, o setor conta com três frentes ativadoras de negócios: crédito imobiliário, programa de moradia popular Minha Casa, Minha Vida e as obras de infraestrutura já previstas para a construção do Trem de Alta Velocidade (TVA) e a realização da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016.
Toda essa perspectiva levou a 4ª edição do Concrete Show – o segundo maior evento de tecnologia em concreto do mundo – a bater todos os recordes. A Feira teve início nesta quarta-feira (25) e segue até a próxima sexta-feira (27). Para este ano, a organização do evento trouxe mais de 300 empresas brasileiras e outras 100 estrangeiras. Há três anos, o número total das empresas participantes não passava dos 200. Até o final da feira, os organizadores esperam receber mais de 20 mil pessoas.
“Este é o principal evento do setor no Brasil e na América Latina. O País enfrentou 20 anos de estagnação, sem investimentos em infraestrutura. Mas os governos já perceberam a importância do aporte de recursos no setor […] Investir na construção é investir no desenvolvimento da Nação”, explicou o vice-presidente da Fiesp e diretor do Departamento da Indústria da Construção (Deconcic) da entidade, José Carlos de Oliveira Lima.
Demanda pluralizada
O dirigente da Fiesp ainda ressaltou que infraestrutura e habitação são os dois pilares que puxam os investimentos internos e externos no Brasil. Com a economia doméstica aquecida, a demanda por moradia e reformas está mais pluralizada, como explicou Oliveira Lima.
Dados da Caixa Econômica Federal mostram que no primeiro semestre deste ano foi negociado um volume recorde de R$ 34 bilhões em crédito imobiliário, o que representa um crescimento de 95% em relação ao mesmo período do ano passado.
O Banco Central estima que, para este ano, o valor emprestado supere os R$ 130 bilhões. E prevê um crescimento médio de 45% ao ano para os próximos cinco anos.
Emprego
Embora a indústria da construção seja uma das áreas que mais contratam no País, ainda há uma lacuna para ser preenchida por profissionais capacitados. “Com o super aquecimento do setor, temos dificuldade em absorver mão de obra qualificada”, observa Oliveira Lima.
Ainda assim, o setor apresentou crescimento no nível de emprego. Até maio deste ano, os indicadores econômicos do Sindicato da Indústria da Construção Civil (SindusCon-SP) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostraram um incremento no nível de emprego de 9,7%, com a contratação de 238 mil trabalhadores formais.
O resultado representa novo recorde de 2,69 milhões de trabalhadores com carteira assinada na construção brasileira, atingindo o mais alto patamar da série histórica. No estado de São Paulo, o aumento foi de 0,53% em maio, e o número de trabalhadores passou a 7,3 mil.