Alice Assunção, Agência Indusnet Fiesp
O fraco desempenho da atividade econômica brasileira no último trimestre de 2014 deve ter gerado a pior herança estatística para a expansão econômica em 2015. A avaliação é do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
A equipe econômica da entidade revisou para baixo suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB). O Depecon, que antes previa um ganho de 0,5% para o PIB em 2015, agora estima uma retração de 1,7% para este ano.
O departamento projeta ainda uma queda de 0,3% do PIB no quarto trimestre de 2014 em relação ao período imediatamente anterior. O prognóstico anterior era de expansão de 0,2% para os últimos três meses do ano.
Segundo o Depecon, o carregamento estatístico para o PIB de 2015 caiu de 0,0% para -0,3%. E ainda não foram incorporados às previsões para este ano choques como o risco de racionamento de água e energia elétrica.
Ajuste fiscal
De acordo com o departamento, o ajuste fiscal promovido pelo governo para reequilibrar as contas públicas deve gerar um impacto de -0,4 ponto percentual no total do PIB este ano.
Para 2015, a meta oficial de superávit primário é de 1,2% do PIB. E para ser alcançada, é necessário um esforço fiscal de 1,8% do PIB.
PIB da Indústria
Para o PIB da indústria de transformação, o Depecon da Fiesp também revisou a previsão de um recuo de 1,1% para uma queda de 4,9% em 2015.
“A despeito da significativa desvalorização do Real, que traz ganhos de competitividade para a indústria nacional, a combinação de diversos fatores negativos prejudicará a retomada do setor. Entre os principais vetores negativos, destacamos a retirada de alguns mecanismos importantes como o Reintegra e a Desoneração da Folha”, afirmou a equipe em nota.
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